sábado, 22 de dezembro de 2018

Adeste Fideles


Adeste Fideles







Adeste Fideles

Adeste, fideles, Laeti triumphantes,
Venite, venite in Bethlehem!
Natum videte, Regem angelorum
Venite, adoremus! Venite, adoremus!
Venite, adoremus!
Dominum!

Deum de Deo, Lumen de lumine,
Gestant puellae viscera
Deum verum, Genitum non factum.
Venite, adoremus, Venite, adoremus,
Venite, adoremus, 
Dominum!

Ergo qui natus die
 hodierna,
Iesu, tibi sit gloria,
Patris aeterni verbum
 caro factum 
Venite adoremus, 
Venite adoremus,
Venite adoremus, 
Dominum!


   


terça-feira, 27 de novembro de 2018

O Gato de Vinícius de Moraes



"O Gato"
de Vinícius de Moraes



Com um lindo salto
Leve e seguro
O gato passa
Do chão ao muro
Logo mudando
De opinião
Passa de novo
Do muro ao chão
E pisa e passa
Cuidadoso, de mansinho
Pega e corre, silencioso
Atrás de um pobre passarinho
E logo pára
Como assombrado
Depois dispara
Pula de lado
Se num novelo
Fica enroscado
Ouriça o pêlo, mal-humorado
Um preguiçoso é o que ele é
E gosta muito de cafuné

Vinicius de Moraes

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

"O Zeca" de Joaquim Tavares


"O ZECA"
de Joaquim Tavares

O Zeca era um menino franzino de tez queimada pelo sol, de cabelo escuro e forte. 

O Zeca era um menino tímido que tinha vergonha dos adultos e das meninas, e que escondia o olhar quando lhe dirigiam a palavra. 

Por vezes parecia que o Zeca não tinha amigos. Deambulava pelo bairro com uma pequena bola “agarrada” aos pés descalços. Até se dizia que o Zeca era um menino triste. Mas não, o Zeca não era um menino triste! O Zeca era um menino pacato, cheio de talentos escondidos só que não era menino de palavras. Também não eram precisas palavras! Bastava o seu olhar. Quando os seus olhos castanhos profundos nos olhavam…diziam tudo. E enquanto os seus olhos “falavam”, abria-se um sorrio e o seu rosto iluminava-se!

Apesar das correrias pelas ruas do bairro o Zeca gostava de estudar e de ir à escola. Não era aluno de “levantar a mão no ar” nem de fazer perguntas, mas quase sempre sabia responder ao que a professora lhe perguntava. No recreio da escola “brilhava” e seus dotes de artista da bola vinham ao de cima. Era aí que se via que o Zeca tinha muitos amigos! Abraçavam-no quando marcava golos e acarinhavam-no quando os falhava. 

Com tudo isto o Zeca era um menino feliz. Como muitos rapazes da sua idade, o Zeca também se apaixonou pela sua professora. Perdia o olhar com a mão no queixo e de cotovelo no tampo da carteira. E com esta felicidade foi crescendo, aprendeu a ser rapazote e deparou-se com a figura de homem.

Apesar de não ser mau aluno o Zeca não quis ser doutor ou engenheiro. Ficou-se pelo sétimo ano do liceu. Quis dedicar-se ao trabalho e abraçou a sua profissão. 

Namorou, apaixonou-se umas quantas vezes e amou.

Um dia houve em que foi chamado para “cumprimento do seu dever de homem e por amor à pátria”! Cumpriu o serviço militar e voltou para a sua cidade. 

Mais uma vez o Zeca apaixonou-se e um dia, não com o olhar, mas com palavras disse aos pais que iria casar. 

É que ele já era um homem, e um homem tinha que falar. Aliás já falava com toda a gente! O Zeca casou, já não me lembro com que rapariga, mas recordo-me vagamente do seu rosto…um rosto franzino mas belo. 

Viveram felizes, tiveram um casal de filhos e fizeram das suas vidas um rosário de contos e de estórias. Nem sempre belos contos, nem sempre estórias de final feliz, mas lutaram para que de todas elas não se envergonhassem.

Hoje, o Zeca está velhinho! Já não tem tez escura nem cabelo forte! Sua pele, macia e rosada, já não suporta o sol de outros tempos! O cabelo disse-lhe adeus, substituído pela calvície. O olhar do Zeca já não “fala”, mas ainda “sorri”. Por vezes esse olhar perde-se no tempo e parece que voa, viajando para longe…

Agora o Zeca, sentado na sua cadeira de baloiço, junto á janela da sala, olha para a rua à procura de meninos “Zeca” brincando. Mas os meninos já não brincam na rua! Já não andam com a bola colada aos pés descalços nem de calções de caqui bege.
Lentamente o Zeca roda o rosto e dos seus olhos que a penumbra não deixa ver, rolam duas lágrimas…

Abril/2013

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Gengis Khan






Gengis Khan

Guerreiro mongol que durante o século XIII liderou e ampliou um vasto império que se estendeu desde a China, Ásia central, Mar Cáspio, Afeganistão, Pérsia e até Europa.

Astuto e estratega, conseguia subjugar os povos pelo uso da violência e pela utilização do jogo psicológico.
Ordenava aos seus homens que acentuassem o seu cheiro, que tornassem a sua aparência feia e horrorizante e que emitissem gritos guturais de forma a aterrorizar aqueles que pretendia conquistar.

Se  por um lado, solidificou o império de forma bárbara, por outro acabou com as frequentes guerras que assolavam os pequenos reinos da Ásia. Com o seu reinado de mão de ferro permitiu que as rotas comerciais se tornassem mais seguras. A Rota da Seda, de longa data já importante, começou a funcionar como uma artéria que foi ligando progressivamente o Oriente ao Ocidente, dando a conhecer inventos como:
o papel;
a bússola;
o ábaco.

Assim, podemos dizer que devido à atuação deste intrépido guerreiro, décadas depois, surge a alavanca para a idade moderna.

sábado, 4 de agosto de 2018

Tributo a Clint Eastwood - Gorillaz



Produced By:
 Dan the Automator, Gorillaz, Jason Cox & Tom Girling


"I ain't happy, I'm feeling glad
I got sunshine in a bag
I'm useless, but not for long
The future is coming on
I ain't happy, I'm feeling glad
I got sunshine in a bag
I'm useless, but not for long
The future is coming on
It's coming on, it's coming on
It's coming on, it's coming on
It's coming on…"





terça-feira, 31 de julho de 2018

Jacques de Molay



BIOGRAFIA DE 
JACQUES DE MOLAY

Em 1244 nasce Jacques De Molay em Vitrey, na França, porém pouco se sabe de sua família ou sua primeira infância. Aos 21 anos, torna-se membro da Ordem dos Cavaleiros Templários, Ordem  que participou ativamente  em numerosas Cruzadas. 

Em 1298, De Molay é eleito Grão Mestre da Ordem, cargo que o posiciona muitas vezes acima dos grandes lordes e príncipes da época e função que desempenha com honra e glória pautada por valores e crenças que ainda hoje são assumidas por quem deseja seguir o exemplo de tão valoroso servo:  

Servo a Deus;
Honra todas as mulheres;
Ama e honra seus pais;
Leal a ideais e amigos;
Executa trabalhos honestos;
Crença de que é cortês;
Crença de que é sempre um cavalheiro;
Patriota tanto em tempo de paz como em tempo de guerra;
A favor das escolas públicas;
Orgulho na sua Pátria, seus pais, família e amigos;

A palavra de uma Crença que é tão válida quanto sua confiança;

Uma Crença, por preceito e exemplo, deve manter os elevados níveis aos quais se compromete
.

sábado, 30 de junho de 2018

Mundial Rússia 2018 Especial Quaresma








Quaresma marcou no passado dia 25 de junho o golo que abriu as portas a Portugal para oitavos de final no Mundial da Rússia 2018, num jogo emocionante e arrepiante de nervos.

Estreou-se a marcar com uma magnifica trivela pela equipa das "quinas"





sexta-feira, 29 de junho de 2018

Afonso Mendes de Noronha "Ministério do Tempo"




“A máquina do tempo não existe. 
O que existe são as portas do tempo!” 

Série televisiva da RTP

"MINISTÉRIO DO TEMPO"

Personagem:
Afonso Mendes de Noronha

"Afonso Mendes de Noronha (João Craveiro), 43 anos, é um homem duro. Habituado a guerras e batalhas… do século XVI. Depois de ser vitima de uma terrível intriga na corte, o rei D. João III condena-o à morte.  Horas antes da sua execução, Afonso recebe uma proposta do Ministério do Tempo. Poderá viver, desde que se mude para o século XXI e nunca mais contacte a sua mulher.  É ele quem vai salvar a patrulha, e muitos dos heróis da nossa história, em momentos de maiores dificuldades."

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Adamastor by Nuno Freire



O Gigante Adamastor
texto em prosa
João de Barros

“(…)

Navegamos cada vez mais por diante, vencendo sempre com boa cara os perigos incessantes que surgiam.
Mas, cinco dias depois da aventura de Veloso, numa noite em que sopravam ventos prósperos, estando nós de vigia, uma nuvem imensa, que os ares escurecia, apareceu de súbito sobre as nossas cabeças.

Tão temerosa e carregada vinha que os nossos valentes corações se encheram de pavor!

O Mar bramia ao longe, como se batesse nalgum distante rochedo. Tudo infundia pavor. E nunca na nossa viagem tínhamos encontrado nuvem tão espessa e tão assustadora. Todas as tempestades pareciam vir dentro dela, para de lá saírem e nos assaltarem.

Erguendo a voz ao Céu, supliquei piedade a Deus.
Mal acabava de rezar ─ e logo uma figura surgiu no ar, robusta, fortíssima, gigantesca, de rosto pálido e zangado, de barba suja, de olhos encovados, e numa atitude feroz.

Os cabelos eram crespos e cheios de terra. A boca era negra. Os dentes amarelos.

Tão grandes eram os seus membros, que julguei ver um segundo colosso de Rodes, esse colosso que era uma das sete maravilhas do Mundo, de tal maneira alto que, diz-se, por baixo das suas pernas passavam à vontade enorme navios!...

Num tom de voz grossa, como a voz do mar profundo, começou a falar-nos.
Arrepiámo-nos todos, só de ouvir e de ver tão monstruosa criatura.

Disse então o Gigante, voltando-se para nós:

─ Ó Gente ousada mais de que nenhuma outra, que nunca descansais de lutas e combates, já que não temeis ultrapassar os limites onde ninguém mais chegou, e navegar por mares que me pertencem; já que vindes devassar os meus segredos escondidos, que nenhum humano deveria conhecer ─ ouvi agora os danos que prevejo para vós, para a vossa raça, que subjugará no entanto todo o largo Mar e a imensa Terra.

Ficai sabendo que todas as naus que fizerem esta viagem encontrarão ─ castigo merecido do seu atrevimento sem par! ─ as maiores dificuldades nestes meus domínios. E sofrerão o horror de tormentas desmedidas.

Punirei de tal modo a primeira armada que vier aqui depois da vossa frota, que os seus tripulantes mal sentirão talvez o perigo de me defrontarem. Mas hão de chorar depois do dano que eu lhes fizer…

Hei de me vingar de quem primeiro me descobriu, do vosso Bartolomeu Dias, fazendo-o naufragar aqui mesmo.
E outras vinganças imprevistas executarei…

D. Francisco de Almeida deixará aqui a sua glória e os troféus que arrancar aos Turcos. Manuel Sepúlveda verá aqui morrer os filhos queridos, verá aqui sofrer mil ferimentos a sua mulher, que os negros cafres hão de torturar e matar.

E tantos, tantos mais dos vossos, hão de experimentar a fúria do meu ódio pela audácia de me inquietarem, perturbando a solidão em que vivo e quero viver…

Era tão assustador o que me dizia o monstro horrendo, que eu o interrompi, perguntando-lhe quem ele era, e porque estava assim tão zangado.

Retorcendo a boca e os olhos, e lançando um espantoso brado, respondeu-me em voz pesada e amarga, como quem se aborrecera da pergunta feita:

─ Eu sou aquele oculto e grande Cabo, a quem vós tendes chamado Tormentório, e que ninguém, a não ser vós, Portugueses, algum dia conheceu e descobriu.

Sou um rude filho da Terra, e meu nome é Adamastor.
Andei na luta contra o meu Deus, contra Júpiter, e, depois, fiz-me capitão do mar e conquistei as ondas do Oceano.

E então me apaixonei por Tétis, princesa do mar e filha de Neptuno.

Ai de mim!... Sou tão feio, tão horrível, que ela nem me podia olhar!

Determinei conquistá-la à força e mandei-lhe participar esta minha intenção.

Tétis fingiu aceitar o meu pedido de casamento…
E julguei certa noite vê-la e supus que vinha visitar-me e combinar as nossas bodas.

Deslumbrado, corri como um doido para ela e comecei a abraçá-la.
Mas nem sei de tristeza como conte o que me sucedeu…

Julgando abraçar quem amava, achei-me de repente abraçado a um duro monte, coberto de mato bravio e espesso. Tétis transformara-se em rocha feia e fria!

Vendo um penedo a tocar a minha fronte, em lugar do roto angélico de Tétis, penedo me tornei também, de desespero.
Em penedos se me fizeram os ossos, a carne em terra inculta, e estes membros e esta figura que te horroriza estenderam-se pelo mar fora.

Enfim, a minha grandíssima estatura converteu-se neste remoto Cabo.

E, para redobrar as minhas mágoas, Tétis anda-me sempre cercando, transformada em onda.

E, como as ondas, que ora estão junto da praia, ora dela fogem para o mar alto, assim faz a princesa do Oceano: ─ ora está perto, ora longe de mim, nunca se deixando prender, nunca ficando tranquila entre os meus braços de pedra…

Assim contou a sua história o Gigante Adamastor… E logo de seguida a nuvem negra, que nos escondia o céu, desfez-se ─ e o Mar bramiu ao longe, muito ao longe…

De novo rezei a Deus, pedindo-lhe que nos guardasse dos perigos que o Adamastor anunciara.

Quando a manhã rompia, é que avistamos e torneamos o Cabo em que se tinha convertido o grande gigante. 

(…)”

In Os Lusíadas de Luís de Camões contados às crianças e lembrados ao povo,

adaptação em prosa de João de Barros

domingo, 27 de maio de 2018

Gótico



Gótico 
de Fernando Guerreiro

É sempre com um sentimento confuso que se cruzam as ruas que nos conduzem ao sepulcro. Então o que mais impressiona é a viscosidade dos pavimentos onde continua a crescer uma forma literária de musgo. 
Extinto o horizonte, sobre tudo cai. 
Indolente. 
Um panejamento de  penumbra. 
Que lança-o a procurar a solução dos segredos na humidade
túmulos – ou partir para o Norte. Para ai se confundir com um “maistrom” de bruma! 

Sobre o lago um corvo envolve com as asas o pescoço do cisne de que jorra o sangue que lava o poente de tanta brancura.
“Conhece o branco, mas concentra-te no negro."
Segrega o vulto que o vento arranca do fundo em mausoléu da ruína. 
Haverá algum salão no meio de tanta violência, onde ainda se fala de literatura? Aceitará a natureza ser cortejada por palavras que contrariam os seus desígnios. No entanto, as verdadeiras migrações passam-se sempre na mente – em corredores por onde os homens arrastam redes em que conservam – fragmentado e erudito –
o fantasma do mundo.



terça-feira, 1 de maio de 2018

Felizmente há luar Porset



Pintura a óleo - Felizmente há luar Porset





"Matilde
(Com amizade)
- Ele ainda está vivo, António. Não devia ter vindo
de luto. Olhe: vesti a minha saia verde. Vê?

Sousa Falcão
- Não estou de luto por ele, Matilde, mas a noite passada não
pude dormir. Passei a noite a pensar, e, de madrugada, percebi que não sou quem julgava ser...

Matilde
- o melhor dos amigos, António.

Sousa Falcão
- Nem isso sou! Só é digno de ser amigo de alguém quem de
si próprio é amigo, Matilde, e eu odeio-me com toda a força que me resta.

Fosse eu digno da ideia que de mim mesmo tinha, e estava lá em baixo, em São Julião da Barra, ao lado de Gomes Freire, esperando a morte...

Quando os justos estão presos, só os injustos podem ficar fora das cadeias e eu, Matilde, vendi-me para estar, agora, aqui, a vê-lo morrer.

As ideias de Gomes Freire são também as minhas, mas ele vai ser
enforcado - e eu não.

Os motivos que os governadores tiveram para prendê-lo, também os tiveram para me prenderem a mim, mas a ele prenderam-no - e a mim não.

Faltou-me sempre coragem para estar na primeira linha...

Durante estes meses, duas vezes dei comigo à berma de lhe chamar louco, para desculpar a minha própria cobardia.

Há homens que obrigam todos os outros homens a reverem-se por
dentro...

É por mim que estou de luto, Matilde!

Por mim..."

Luís Sttau Monteiro
Felizmente há Luar




sábado, 7 de abril de 2018

Origens


Origens
Menção Honrosa - Nuno Freire



Origens


Ilustração Contemporânea Portuguesa 

1º Menção Honrosa – Nuno Freire
Cidade: Figueira da Foz

________________________________


Concurso de Ilustração Portuguesa com o tema "Origens”! – fevereiro/março


...


"Para nós este concurso era um tema desafiante no qual estávamos super curiosos para saber que propostas iriam surgir dos nossos participantes! A chegada de ideias foi super diversificada, com estilos estilísticos e interpretações bastante originais!

É então que destacamos o trabalho da vencedora Cheila Mendes, não só pela sua qualidade gráfica, mas também pela ambiência que a própria ilustração envolve, que deu origem a um universo e uma história nas nossas cabeças.

Ainda, felicitações a todos os outros vencedores, Diana Silva e Filipe Diogo, e à menção honrosa de

Nuno Freire, 
pelas suas ilustrações de traço único e individual, bem como a sua qualidade gráfica e ideia.

...

Parabéns a todos pelas belas ilustrações! Aos vencedores, merecem a referência e divulgação do vosso trabalho pela Ilustração Contemporânea Portuguesa! Mostraram o vosso talento e destacaram-se!"





Gualdim Pais

Pintura a óleo - Gualdim Pais



Gualdim Pais


Grandiosa personagem histórica que acompanhou o primeiro Rei de Portugal.

Tempo:
Primeiro quartel da Idade Média.

Qualidades:
Monge, Guerreiro, Cavaleiro do Templo
Grão-mestre indómito.

...

Inicia a sua carreira militar com 21 anos, ao lado do Rei Afonso, com feitos gloriosos que lhe valem, após a Batalha de Ourique, a armação em cavaleiro pela espada do próprio Rei.

...

Por altura da batalha de S. Mamede terá visitado as terras Ibéricas Hugo de Payens com o objetivo de recrutar Cavaleiros para a Ordem do Templo, formada pelos denominados “Pobres Cavaleiros de Cristo” ou “Templários” que com base nas regras instituídas por Bernardo de Claraval, muito ajudaram na formação de Portugal.

...

“A Ordem firmava-se e afirmava-se no nosso país” 
(Abílio  Lousada)


...

Gualdim Pais partilha, pois, uma grande amizade e confiança com D. Afonso Henriques, e prossegue a sua demanda segundo as ordens do seu Senhor, lutando contra os mouros, conquistando castelos e defendendo aquelas que serão as primeiras fronteiras de Portugal.

...

Na conquista de Santarém, utilizou de forma inédita a emboscada noturna para assaltar o inviolável castelo altaneiro, o que conseguiu com apenas 120 homens.

Também nos ataques à grande fortaleza de Lisboa se destacou, de tal forma, que esses factos foram reportados pelos historiadores da época, aludindo as suas extraordinárias façanhas.

....

Sagra-se Cavaleiro Templário.
Parte para a Terra Santa.

...

No cerco de Ascalon, salva-se milagrosamente, enquanto os seus companheiros Templários são violentamente degolados à entrada da cidade.

Participa no Cerco de Gaza
Participa no ataque a Sidon.
São 5 anos de lutas diárias.

...

 É como Grande Herói que regressa a Portugal e de novo ao serviço de D. Afonso Henriques.

...

Em 1158, com uma estratégia secreta e apenas 60 homens, vence a difícil Conquista de Alcácer do Sal.


...

Sagra-se,
 4º Grão Mestre dos Templários Portugueses,
Templário mais importante de toda a Península Ibérica.


sábado, 31 de março de 2018

Lanceiros



Os Lusíadas
Canto IV

...

13
«Não falta com razões quem desconcerte
Da opinião de todos, na vontade;
Em quem o esforço antigo se converte
Em desusada e má deslealdade,
Podendo o temor mais, gelado, inerte,
Que a própria e natural fidelidade.
Negam o Rei e a Pátria e, se convém,
Negarão (como Pedro) o Deus que têm.»

14
«Mas nunca foi que este erro se sentisse
No forte Dom Nuno Álveres; mas antes,
Posto que em seus irmãos tão claro o visse,
Reprovando as vontades inconstantes,
Àquelas duvidosas gentes disse,
Com palavras mais duras que elegantes,
A mão na espada, irado e não facundo,
Ameaçando a terra, o mar e o mundo:»

...

34
«Rompem-se aqui dos nossos os primeiros,
Tantos dos inimigos a eles vão!
Está ali Nuno, qual pelos outeiros
De Ceita está o fortíssimo lião
Que cercado se vê dos cavaleiros
Que os campos vão correr de Tutuão:
Perseguem-no com as lanças, e ele, iroso,
Torvado um pouco está, mas não medroso;»

35
«Com torva vista os vê, mas a natura
Ferina e a ira não lhe compadecem
Que as costas dê, mas antes na espessura
Das lanças se arremessa, que recrecem.
Tal está o cavaleiro, que a verdura
Tinge co sangue alheio; ali perecem
Alguns dos seus, que o ânimo valente
Perde a virtude contra tanta gente.»

quarta-feira, 28 de março de 2018

Dama de Elche



Dama de Elche
Quem Foi?


Na realidade, até hoje não se sabe quem foi a Dama de Elche....

Muita especulação circulou em torno da representação desta figura, sem se chegar a nenhuma conclusão.

- Sacerdotisa?

- Princesa Ibérica?

- Rainha Annunáki

- Imperatriz Atlante?

-Apenas uma nobre pessoa falecida, vestida para ocasião especial?

O certo é:

Considerada um dos ícones mais famosos de Espanha... 

Uma das figuras mais enigmáticas da história da humanidade




terça-feira, 27 de março de 2018

Fascination

Fascinação
Fascination - Pintura a Óleo

Fascination
Nat King Cole
  
It was fascination
I know
And it might have ended
Right then, at the start
Just a passing glance
Just a brief romance
And I might have gone
On my way
Empty hearted

It was fascination
I know
Seeing you alone
With the moonlight above
Then I touch your hand
And next moment
I kiss you
Fascination turned to love

It was fascination
I know
Seeing you alone
With the moonlight above
Then I touch your hand
And next moment
I kiss you
Fascination turned - to - love


sábado, 24 de março de 2018

Soneto 18 - William Shakespeare



Se te comparo a um dia de verão
Pintura a óleo - Soneto 18 William Shakespeare



Soneto 18
William Shakespeare


Se te comparo a um dia de verão

És por certo mais bela e mais amena
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.

Ás vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.

Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno:

Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Leonor pela verdura

Leonor pela verdura

Luis de Camões


2018 - Leonor pela verdura - Pintura a óleo



Descalça vai para a fonte
Leonor, pela verdura;
vai formosa e não segura.

Leva na cabeça o pote,
o testo nas mãos de prata,
cinta de fina escarlata,
sainho de chamalote;
traz a vasquinha de cote,
mais branca que a neve pura;
vai formosa e não segura.

Descobre a touca a garganta,
cabelos de ouro o trançado,
fita de cor de encarnado…
tão linda que o mundo espanta!
chove nela graça tanta
que dá graça à formosura;
vai formosa, e não segura.

Luís de Camões