Fernandes Tomás
Obreiro da Revolução Liberal, figura ilustre de século XIX
Nascido em 1771, no tempo do Marques de Pombal, presenciou momentos históricos de Portugal nos quais acabou por intervir e até mesmo liderar por força da sua superior capacidade intelectual e nobreza de carater pessoal.
Liderou, pois, intelectualmente a grande revolução 1820-1822 que culminou com passagem de um regime semifeudal para um regime liberal que o tornaria conhecido como:
O Patriarca da Liberdade Portuguesa
De origem pobre e humilde, proveniente de uma família modesta, residente na Figueira da Foz, era muito inteligente e cedo aprendeu e teve condições para frequentar a Universidade e Coimbra pelo que logo ficou formado bacharel em Cânones - Direito - no ano de 1791 - ano da 1ª Constituição da República Francesa.
Depois de formado foi nomeado Juiz de Fora em Arganil pelo Bispo de Coimbra, cargo que desempenhou com mestria, excelência, muita honra, honestidade e seriedade.
Valeu-lhe a seriedade a nomeação para um cargo na alfândega quando para tal foi necessário um homem de suprema confiança. E, é como Super Intendente das Alfândegas de Aveiro, Coimbra, e Leiria que assiste à chegada da Armada Inglesa que desembarca na Foz do Mondego para fazer face às Invasões Francesas.
Rapidamente ajuda as tropas inglesas a instalarem-se no terreno, contribuindo para o efeito positivo no sucesso do combate às tropas francesas que na altura invadiam Portugal e Espanha por ordem de Napoleão.
Como recompensa, é lhe atribuido o cargo de Juiz Desembargador da Relação do Porto, que aceita mas que assume apenas em 1817 (5 anos mais tarde) depois de se dedicar a novos estudos académicos de forma a prepara-se eximiamente para as funções a desempenhar.
É neste contexto, que:
- os franceses teriam vindo libertar a pátria dos ingleses;
- os ingleses teriam vindo libertar a pátria dos franceses;
- os ingleses, pela sua vitória, se apoderaram da pátria;
- a corte foge para o Brasil e
- os portugueses sentem-se à deriva...
que nós precisávamos de nos libertar a nós próprios.
Eis que:
jovens oficiais conspiram para que Portugal volte a ser português, mas traídos, são descobertos, e são todos condenados à morte por juízes portugueses e mais tarde executados por ingleses, naquele que ficou conhecido como o Campo dos Mártires da Pátria - Campo de Santana - em Lisboa.
Houve ainda a tentativa de provar que o General Gomes Freire de Andrade, homem de prestigio, Grão Mestre da Maçonaria Portuguesa, prestador de serviço à ordem das tropas francesas, seria ele, o próprio a liderar essa revolta.
Tal acusação resultou na sua vil morte por enforcamento em São Julião da Barra.
Tudo gerou consternação.
Tudo gerou a inevitável revolução que Fernandes Tomas não tardou a prever.
Rodeou-se de intelectuais, como Ferreira Borges, José da Silva Carvalho, João Ferreira Viana, Xavier de Araújo, Carneiro e outros tantos que quando a revolução surge, este pequeno grupo, Sinédrio, aproveita inteligentemente a oportunidade para implementar o que tanto quer:
Uma Constituição
A Liberdade para a Pátria
Sem comentários:
Enviar um comentário